O envelhecimento expõe as pessoas a um maior número de doenças crônicas, portanto, o Diabetes Mellitus (DM) é uma das principais síndromes de evolução crônica que atingem a população, principalmente os idosos. O tratamento necessita principalmente de modificações no estilo de vida do paciente, as quais incluem abstenção do fumo, aumento da atividade física e reorganização da dieta, e ainda uso de medicamentos hipoglicemiantes. Embora os medicamentos devam representar uma terapia auxiliar no controle do diabetes, muitas vezes é a principal ou única forma de tratamento adotada, segura e eficaz. Sendo assim, as interações entre os medicamentos e os alimentos devem ser consideradas. Visto que os hipoglicemiantes orais representam a forma mais adotada de tratamento de um grupo de diabéticos, o presente trabalho propõe levantar os hipoglicemiantes utilizados pelos idosos e avaliar o conhecimento destes, sobre a interação droga-nutriente. O estudo seguiu um delineamento descritivo com abordagem qualitativa. O presente estudo foi realizado no NASF- (núcleo de apoio á saúde da família) de uma Unidade de Saúde da Família do município de Água Branca no estado da Paraíba, com 30 idosos portadores de diabetes mellitus tipo 2, que aceitaram participar da pesquisa e que faziam uso de hipoglicemiantes orais. Para coleta dos dados foi realizada a aplicação de questionário abordando questões temáticas da pesquisa e os dados coletados foram analisados de forma descritiva pelo programa computacional Excel por Windows a partir de frequência e média simples. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, sob o protocolo nº 014/2014 de acordo com a resolução 466/12. Verificou que uso dos hipoglicemiantes metformina + glibenclamida (46,7%), foi mais predominante que o uso dos medicamentos utilizados separadamente. Dentre os medicamentos individuais o glibenclamida (30%) foi um dos mais utilizados. 40% dos idosos não têm cuidado com os horários de administração dos medicamentos e nenhum dos idosos tem conhecimento em relação à interação do medicamento e nutrientes. Acredita-se que o conhecimento do paciente diabético no processo do autocuidado é uma ferramenta importante para prevenção do desenvolvimento de agravos, desse modo, a equipe multidisciplinar deve empreender esforços no sentido de identificar e compreender os fatores que estão agindo negativamente na adesão do paciente diabético ao tratamento medicamentoso prescrito, e buscar estratégias efetivas para a resolução de tais dificuldades.