Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), dentre essas doenças crônicas não-transmissíveis, o câncer tem se configurado na atualidade como um importante problema de saúde pública, tendo em vista a sua elevada incidência e taxas de mortalidade na população brasileira, do mesmo modo ocorre na população mundial. A ocorrência do câncer de próstata tem aspectos singulares e fatores de riscos específicos como: idade avançada, raça negra, predisposição genética, aspectos hereditários, hábitos alimentares, índice de massa corporal (IMC) maior que 30, doenças venéreas prévias, a não realização de atividade física, o fumo e os hormônios sexuais. Existem vários métodos diagnósticos, mas é importante destacar a necessidade do diagnóstico precoce para determinar a eficácia do tratamento e, consequentemente, a redução da taxa de mortalidade. Nesse contexto, o presente estudo buscou investigar o seguinte problema: Qual a tendência do índice de mortalidade por câncer de próstata no Brasil, no período de 2002 a 2012? Objetivo: identificar um modelo para tomada de decisão através da analise da tendência do índice de mortalidade por câncer de próstata no Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo da análise dos índices de mortalidade por câncer de próstata no Brasil, por faixa etária, segundo causa básica de óbito, cujo modelo de estudo foi o epidemiológico observacional do tipo ecológico de série temporal, com abordagem quantitativa, realizado no período de 2002 a 2012. Os dados referentes às taxas de mortalidade por câncer de próstata foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para tanto, utilizou-se o Teste de Comparação de Proporções e, em seguida, realizou-se o Teste de Tendência de Proporções, visando analisar se as referidas proporções apresentaram tendência de crescimento ou redução no período analisado. Resultados e Discussão: Considerando os dados obtidos através do DATASUS, no que diz respeito ao índice de mortalidade por câncer de próstata no Brasil, por faixa etária, percebeu-se que apenas as faixas etárias 40-49 anos e 50-59 anos apresentaram um p-valor no Teste de Proporção maior que 0,05, não havendo consequentemente a necessidade de realizar o Teste de Tendência (Tabela 2). Dentre as faixas etárias cujo p-valor no Teste de Proporção e Teste de Tendência foram abaixo de 0,05, a maioria destas tiveram uma tendência crescente, conforme observado na Figura 2, que significa que os índices de mortalidade por câncer de próstata ao longo do período de 2002-2012 aumentaram com o avançar dos anos. Conclusões: diante dos altos índices de mortalidade por câncer de próstata, torna-se de fundamental importância que os gestores de saúde invistam na consolidação das políticas públicas direcionadas a saúde do homem, incentivando a inclusão deste nos serviços de atenção à saúde, a prática de estratégias de saúde focadas na importância do cuidado e na prevenção de doenças.