Desenvolver um estudo sobre o cuidado humanizado na terminalidade da vida faz parte de uma tarefa desafiadora, logo que a articulação do cuidado paliativo envolve princípios éticos, científicos e filosóficos. Nesse sentido propõem-se uma transformação na forma de cuidar do idoso com doença grave e terminal e, sobretudo, da sua família, pois além de experienciar vicissitudes em diversas dimensões de sua existência, também acompanha o morrer de seu ente querido dia após dia tendo que lidar com os sofrimentos relacionados a sua "partida". Objetivo: analisar a literatura científica acerca da assistência humanizada da enfermagem a pacientes idosos em processo de terminalidade humana e seus familiares. Metodologia: trata-se de uma revisão sistemática da literatura. A coleta de dados ocorreu no mês março de 2015, os dados foram adquiridos a partir do levantamento online na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) na base de dado Scielo. O estudo constituiu-se por dezesseis publicações. A maioria divulgada em revistas da área de Enfermagem. Resultados e Discussão: A análise sistemática das publicações evidenciou duas categorias temáticas. A categoria 1 intitulada: Humanização da assistência de enfermagem ao idoso em tratamento paliativo ou em terminalidade; A categoria 2: Humanização na abordagem da enfermagem aos familiares/cuidadores de idosos em tratamento paliativo ou em terminalidade. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que os cuidados paliativos/terminais têm como objetivo aliviar os sintomas indesejáveis, decorrentes de alguma enfermidade ou tratamento dispensado por equipe multidisciplinar, com vistas na melhoria da qualidade de vida do paciente. Sendo assim, o sofrimento poderá passar por medidas mitigadoras de forma preventiva, tratando não apenas a dor, mas também dos sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Diante da necessidade de uma ambiente humanizado, num contexto tão doloroso como a terminalidade, os idosos necessitam de um "olhar de enfermagem" mais cuidadoso, holístico e minuncioso, de modo que o profissional saiba lidar com as limitações dos mesmos, sempre visando a promoção da qualidade de vida e uma ambiente de conforto, mesmo que diante de um "adeus" que cada dia/minuto se aproxima mais. O paciente idoso em cuidados paliativos/terminais, aos poucos perde o contato direto com seus familiares, e destituí-se paulatinamente da sociedade, de suas atividades e rotinas, tendo que se relacionar com desconhecidos, onde muitas vezes fica exposto a situações constrangedoras, além de deparar-se com outros pacientes em situação semelhante. O cuidado de enfermagem para com a família não deve estar restrito apenas a visita, mas sim em estabelecer uma relação de confiança e de ajuda, na qual a equipe de enfermagem tem como função identificar as reais necessidades dos familiares, facilitando assim o tratamento do paciente. Conclusão: a enfermagem, em especial a pessoa da enfermeira(o), precisa refletir criticamente quanto a importância da percepção da família sobre o cuidado, estabelecendo maior contato e interação com os familiares, de modo a orientar e conscientizar a sua equipe quanto a relevância do fato e aderir ao mesmo.