A fitoterapia mostra-se como uma opção terapêutica viável, e a facilidade de acesso às plantas potencializa a tradição de seu uso. Entre idosos, a transmissão de conhecimentos e tradições populares aprendidos em suas vivências com o passar dos anos, possibilitam a construção de um saber válido e hábil. Esse estudo traz um relato de experiência sobre uma ação extensionista cujo objetivo é refletir acerca de uma experiência exitosa. Trata-se de uma capacitação de um grupo de idosas em produção de hortas verticais para cultivo de plantas medicinais. Apesar de ser tradicionalmente relacionada à ornamentação e cultivo de hortaliças de pequeno porte, uma outra função foi atribuída às hortas verticais durante as oficinas aqui descritas, vislumbrada como mais uma alternativa de promoção de saúde e co-responsabilização, e não apenas uma finalidade última para a população. Ao incentivar o cultivo adequado de plantas medicinais e seu uso racional resgata-se e valoriza-se o saber popular e o papel do idoso neste processo. A capacitação em hortas verticais foi de grande importância na comunidade, fosse por chamar atenção para o caráter de sustentabilidade e reciclagem, fosse por incentivar a utilização de plantas medicinais de modo racional e seu manejo ideal. Ainda, foi possível promover o trânsito entre informações adquiridas nas comunidades e na universidade, facilitando e promovendo uma melhor qualidade de vida à população.