O presente texto consiste em um relato da experiência de um projeto de extensão universitária denominado cabelos de prata: a maturidade em movimento, que teve por objetivo promover a melhoria da qualidade de vida do idoso a partir da prática de atividades físicas supervisionadas, em uma Unidade de Saúde da Família de uma capital do nordeste brasileiro. A experiência fez parte de uma pesquisa nomeada corpo, cultura e cuidado de si: reflexões e ações em Estratégias de Saúde da Família, desenvolvida entre os anos de 2013 e 2014. Possui natureza qualitativa, enquanto se aproxima das características de um estudo de campo, onde o objeto é abordado em seu meio próprio ambiente, ancorado no suporte da fenomenologia de Merleau-Ponty e na teoria da dádiva de Mauss, relacionando a expressividade das pessoas com as situações vividas e comunicadas. Participaram da vivência 53 idosos, portadores de síndrome metabólica, residentes no território de abrangência. Para a coleta de dados foram utilizadas a observação participante e a entrevista semiestruturada. A promoção à prática de exercícios físicos regulares constitui um desafio para os profissionais de saúde. A continuidade das atividades poderá melhorar prevenir sofrimentos emocionais, pelo combate aos estados de ansiedade, tristeza, depressão e isolamento social. A tessitura de laços de solidariedade permitiu que a transversalidade da dimensão cuidadora, pedagógica e emancipadora dos serviços de saúde fosse capaz de melhorar a qualidade de vida, fortalecer a cidadania e produzir transformações positivas no cotidiano dos participantes.