O principal objetivo deste trabalho é verificar a diferença do grau de satisfação da autoimagem corporal de mulheres idosas de diferentes níveis socioeconômicos. Compreende-se que o processo de envelhecimento é um fenômeno perfeitamente natural e universal, caracterizado por vários processos, sejam eles fisiológicos, psicológicos e sociais. No entanto, a aceitação do envelhecimento dá-se de maneira individual e subjetiva, onde para alguns é percebido como sinônimo de experiência, portanto, os traços físicos adquiridos com o tempo não são preocupantes, e para outros, as mudanças no corpo não são bem aceitas. A constante busca por métodos de rejuvenescimento por parte das mulheres de maior renda financeira revela que há insatisfação com a sua autoimagem, o que não significa dizer que as mulheres de baixa renda não procurem os tratamentos por estarem satisfeitas. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo, tipo descritiva e de natureza quantitativa, com delineamento correlacional na qual participaram 64 idosas com idades a partir dos 60 anos, sendo 26 escolhidas entre a população da terceira idade de uma faculdade particular de um bairro nobre de João e as outras 40 foram coletadas através das reuniões das idosas participantes do PAPI – Programa de Atenção à Pessoa Idosa. Foram utilizados dois instrumentos: um questionário dividido em duas partes, sendo uma com itens referentes à dados sócio demográficos e a outra contendo questões abertas e fechadas norteadas pelos objetivos deste estudo, além de uma Escala de Avaliação da Satisfação com a Imagem Corporal. Para a análise dos dados, foi utilizado o pacote estatístico SPSS, em versão 19.0, utilizando-se da estatística descritiva e da estatística inferencial. A coleta foi realizada de forma individual e em local reservado, onde foram tomados todos os cuidados éticos. Os resultados apontaram que as idosas de alta renda demonstraram mais insatisfação com sua autoimagem corporal, por isso já se submeteram a mais procedimentos estéticos, principalmente a plástica no abdômen e intervenções faciais. As idosas de baixa renda apresentaram menos preocupação com relação ao seu peso corporal e mais aceitação em seus processos de envelhecimento. Em suma, observou-se que as idosas de alta renda, provavelmente por serem mais vulneráveis aos padrões de beleza exigidos pela sociedade, são mais insatisfeitas com sua autoimagem e, consequentemente, com seus processos de envelhecimento corporal, sendo este um fator importante para a manutenção da qualidade de vida na velhice.