Introdução: O envelhecimento populacional é, hoje, um fenômeno no mundo, isto significa um crescimento mais elevado da população idosa com relação aos demais grupos etários. Um dado relevante mostra que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2000-2030) em 2030 haverá um aumento de idosos em escala nacional, alcançando em até o dobro da população atual. Nesta perspectiva, deve-se pensar a práxis voltada para a promoção de saúde e a garantia do envelhecimento ativo e saudável destes indivíduos. Um importante e recente recurso para garantir este benefício é a Realidade Virtual, que se caracteriza como um recurso que interage com o ser humano sob forma virtual, seja por computador ou videogames. Este estudo tem como objetivo analisar o cenário atual de publicações científicas em saúde sobre o uso da Realidade Virtual na promoção de saúde da pessoa idosa. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura do tema proposto, entre 2010 e 2015, utilizando os descritores combinados pelo operador booleano AND “Realidade Virtual AND idosos” e “Jogos de Vídeo AND idosos”, utilizando as bases de dados presentes na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS): LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System Online). Resultados e Discussões: Foram selecionados 08 estudos obedecendo aos critérios de elegibilidade, dentre estes, observou-se que a maior parte foram publicados no ano de 2013 (n=04; 50%), sendo eles a maior parte de pesquisas originais (n=06; 75%), voltadas para a avaliação da aplicabilidade do recurso em idosos saudáveis (n=05; 62,5%). Quanto aos profissionais que utilizaram o recurso observou-se a presença multidisciplinar, contando com profissionais de Educação Física, Médicos, Terapeutas Ocupacionais, sendo a maior parte os Fisioterapeutas (n=04; 50%). Conclusão: A Realidade Virtual ainda é um recurso recente na área de saúde, ainda com um numero significativo de publicações para o contexto nacional. Observa-se a necessidade de estimular pesquisadores a se apropriarem deste recurso de intervenção, a fim de que alavanquem as publicações científicas para fundamentar esta prática baseada em evidencias e, desta forma, efetivar o objetivo de garantir a pessoa idosa a manutenção de sua saúde e qualidade de vida.