O aumento da expectativa de vida que tem se ampliado ao longo dos anos e com o aparato legal, há uma constante preparação para que se entenda que o país já é considerado um país que não abriga tantos jovens assim, desta forma, é preciso que a importância da vida na terceira idade seja vista e estudada, sobretudo, no que se refere aos aspectos psicológicos, físicos e, principalmente, sociais. A imprensa, os programas e projetos sociais cada vez mais têm se voltado para a terceira idade, existe um esforço para que a sociedade se prepare para essa realidade. Alguns fatores têm contribuído para que um novo olhar sobre o envelhecimento seja possível, essa nova visão trabalha com questões de enfrentamento da violência, os direitos resguardados em lei e aborda o respeito e a fragilidade característicos dessa idade. Apesar disso, ser idoso na realidade brasileira, ainda significa sofrer preconceitos e ser considerado segmento excluído. Para Brundtland (2002), O Brasil é um dos países em desenvolvimento, onde, embora exista um crescimento da preocupação com o envelhecimento populacional, principalmente por parte do Estado, na prática, ainda se observa o idoso excluído dos planos governamentais. Considerando a peculiaridade da situação, é que o Assistente Social se coloca com sua especificidade profissional para trabalhar com essa demanda, contribuindo em seu fazer profissional, com a orientação, a escuta, o direcionamento e o fortalecimento da autonomia desses sujeitos e a inclusão deles, de fato, em uma sociedade excludente e preconceituosa em relação à pessoa idosa. Essa atribuição profissional representa a dimensão ética do projeto profissional da categoria, que convoca os profissionais a uma constante reflexão sobre valores, materializados em um Código de Ética que norteia as ações profissionais na direção de ações emancipatórias, sobretudo, quando essa atribuição é realizada em grupos da terceira idade.
O trabalho apresentado tem como objetivo central possibilitar uma contribuição teórico prática sobre a atuação do Serviço Social na defesa dos direitos da pessoa idosa em relação ao exercício da cidadania e direitos adquiridos e normatizados. Para isso foi realizada uma pesquisa qualitativa, com aplicação de formulários, visando obter a opinião de assistentes sociais formados há mais de 01 ano, quanto ao entendimento do exercício profissional voltado para a pessoa idosa, bem como entendimento do cidadão idoso quanto ao reconhecimento do trabalho do assistente social diante das suas necessidades. Espera-se com isso, gerar, uma sensibilização quanto a atuação profissional voltada para a garantia de direitos, e a importância de um maior entendimento da categoria voltada para o despertar da autonomia e resgate da cidadania da pessoa idosa, para potencializar sua participação na sociedade afim de construir um país mais justo e igualitário para essa demanda.