O presente trabalho, realizado na Escola Estadual “4 de Setembro”, localizada em Pau dos Ferros, no Rio Grande do Norte, versou sobre o uso de palavrões proferidos pelos alunos em sala de aula, durante os intervalos ou outras atividades, bem como fez uma análise dentro da perspectiva da sociolinguística para compreender como se estabelecem os procedimentos pedagógicos frente a esse uso. O procedimento para a análise aconteceu por meio de questionários semiabertos aplicados aos alunos, e por meio de grupo focal com o corpo docente da instituição, preservando-se a identidade dos participantes em ambas as formas de diagnóstico. As teorias norteadoras da pesquisa serviram para se estabelecer um elo entre as hipóteses levantadas e as conclusões a que se chegou. A análise dos questionários permitiu-se perceber que, embora os alunos utilizem os palavrões em seu cotidiano com certa frequência, acreditam que essa prática deve ser combatida e trabalhada pedagogicamente na escola, a fim de que não haja preconceito linguístico ou social. Observou-se, também, que corpo docente demonstra uma preocupação em se trabalhar o uso desenfreado e aparentemente normal dos palavrões pelos alunos, mas não se tem ainda uma metodologia posta em prática na sua conduta pedagógica. Concluiu-se, dessa forma que um estudo sociolinguístico voltado para as áreas da psicologia e formação do professor conduzem ao caminho da compreensão e da necessidade de se trabalhar o vocabulário dos alunos, a fim de que vícios de linguagem ou palavrões não interfiram nas relações sociais, afetivas e profissionais desses jovens.