Nosso trabalho é fruto de um trabalho maior desenvolvido no interior da Disciplina Informática Aplicada ao Ensino II, do Curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade Estadual da Paraíba. O projeto maior diz respeito ao Programa PRODOCENCIA/CAPES/UEPB. Nosso trabalho envolveu a elaboração de uma história em quadrinhos de forma digital a estar disponibilizada em uma Plataforma Moddle do Projeto PRODOCENCIA/UEPB.
Por muito tempo as histórias em quadrinhos eram vistas com maus olhos pela Matemática tradicional, sendo sinônimas, inclusive, de “promotoras de lerdeza intelectual”. Atualmente, ao conciliar o HQ com as demais vertentes do ensino, são condensadas as noções de aprendizado mediante o entretenimento, pautado no universo imaginário das crianças, particularmente das séries iniciais do ensino básico. Nesse sentido, busca-se um elo entre a essência do humor e os conteúdos abordados em sala de aula. Dessa forma, as técnicas de aprendizagem, regidas pelo processo de aquisição dos conhecimentos matemáticos, são desenvolvidas mediante um simulacro das aulas de montagem dos quadrinhos, do enredo, da narrativa e, sobretudo, suas aplicabilidades e seus contextos no dia-a-dia. Estabelece-se, assim, uma relação direta entre os conteúdos e o teor humorístico que se evidenciam através dos conceitos histórico-matemáticos, com a finalidade de desmitificar a falsa tônica de que a Matemática é, isoladamente, uma disciplina calculista e abstrata. Nós, estudantes de graduação em Matemática, acreditamos que é perfeitamente possível descongestionar tantas fórmulas e definições com ênfase tanto na comicidade, quanto no ensino da trigonometria em si, aspirando sempre à contextualização dos desenhos e da disciplina com a realidade que nos cerca. Tomando o aplicativo gráfico ComicLife como desenvolvedor da narrativa e das histórias em quadrinhos, os alunos de licenciatura em Matemática da Universidade Estadual da Paraíba abrem possibilidades para usar criteriosamente o recurso, proporcionando aos estudantes do ensino básico uma melhor apreensão dos conceitos trigonométricos, a saber, seno, cosseno e tangente, tornando a aula mais atrativa e prazerosa. Técnicas de geometria nos quadrinhos também estão dentro dos métodos de pesquisa. Outras ferramentas de fundamental relevância são tidos como mediadores da didática e do currículo, como os Parâmetros Curriculares Nacionais, em particular, do ensino médio. Conclusões
Espera-se dos alunos do ensino básico tornar instrumental o conteúdo da trigonometria, tendo em vista a noção de interdisciplinaridade, face às diretrizes que regem os Parâmetros Curriculares Nacionais, bem como desenvolver a capacidade de aprendizado e suas competências no ensino de Matemática. Mesmo com as fragilidades que apresenta o currículo matemático no ensino médio (detalhista e longo), é viável trazer as possíveis tendências que influenciam o espaço escolar nos alunos, seja modelagem, seja resolução de problemas, seja crítica matemática.