Este trabalho surgiu a partir de uma prática pedagógica como coordenadora da Educação de Jovens e Adultos das escolas municipais de Boa Vista - PB, e se consolidou como pesquisa de estudo para o mestrado em Linguística e Ensino pela UFPB (2017). Neste cenário, nosso objetivo foi proporcionar aos estudantes desta modalidade de ensino a inclusão digital através do manuseio do aparelho celular. Os vínculos entre conhecimento, letramento e tecnologias estão presentes em todas as épocas e em todos os tipos de relações sociais. Desse modo, lançamos mãos das ideias de Kenski (2012) o avanço no usos das tecnológias digitais e de Freire (1983) de que o oprimido não pode perder a liberdade de acreditar em outro mundo possível. A reflexão, ora proposta, presume ampliar a compreensão dos letramentos, de modo a favorecer um olhar mais sensível a realidade escolar dos estudantes da EJA. Consideramos que este estudo tem muito a contribuir com a EJA do município de Boa Vista, ao mesmo tempo que se apresentará como ponto impulsionador para novas práticas educacionais, que com atenção a proposta freireana buscará na interdisciplinaridade respostas para o enfretamento do fracasso instaurado nesta modalidade de ensino, e consequentemente para a problemática da inclusão digital no espaço escolar e no cotidiano de cada indivíduo, principalmente para as pessoas idosas que se veem muitas vezes sozinhas, isoladas, sem nenhum tipo de informação, dependendo de outros para realizarem uma chamada de voz, identificar os nomes na agenda do celular ou até mesmo atender uma emergência. Este trabalho ocorrerá dando conta das possibilidades de letramentos advindos do uso do celular e de seus principais aplicativos, que subsidiarão a construção posterior de sequências didáticas envolvendo as seguintes etapas: Agenda do celular, Calculadora e Mensagens do WhatsApp. A aquisição de habilidades no uso do celular, viabilizará as estratégias para o letramento digital e a inclusão social dos alunos da EJA.