Com a ampliação do acesso de alunos público alvo da Educação Especial nas escolas de ensino comum possibilitou- se o movimento da inclusão escolar, iniciados na Educação Infantil Etapa I (de 0 a 3 anos) e em razão ao aumento de matrículas de crianças com deficiência neste nível de ensino, é necessário pensar sobre ambiente, espaços, tempos, recursos pedagógicos e garantir a colaboração entre os profissionais envolvidos no processo de ensino e aprendizagem das crianças. Garantir a inclusão escolar com qualidade se faz refletir sobre como os professores têm implementado suas práticas junto às crianças público-alvo da Educação Especial na Etapa I da Educação Infantil. Neste sentido o estudo tem como objetivo analisar de forma conjunta com os professores do ensino comum e de Educação Especial que atuam na Educação Infantil – Etapa I, a percepção acerca das práticas colaborativas desenvolvidas e como elas se constituem entre esses profissionais. É uma pesquisa de abordagem qualitativa e nos pressupostos da pesquisa colaborativa. Foi desenvolvida em um município do interior de São Paulo, que há uma tentativa de implementação de práticas colaborativas, ainda timidamente, a cultura de colaboração está começando a se manifestar nessas escolas. A pesquisa é composta por dois momentos, no primeiro a aplicação de um questionário com 38 professores (professores do ensino comum e de Educação Especial) que atuavam em escolas públicas de Educação Infantil – Etapa I. No segundo momento, foram selecionados 14 professores para realização de seis sessões reflexivas sobre suas práticas. Os resultados obtidos na pesquisa evidenciaram a ausência de uma padronização no que diz respeito à duração, ao formato e à estrutura do Atendimento Educacional Especializado (AEE), constatou-se a inexistência de políticas educacionais que endossasse as orientações sobre o AEE na Educação Infantil – Etapa I, sendo essencial a reorganização do ambiente escolar visando as práticas colaborativas.