O presente artigo, de natureza qualitativa, tem como objetivo analisar implicações da proposição de problemas pelos estudantes em uma aula que utilizou o modelo de ensino de rotação por estação. O estudo foi realizado com 53 estudantes do curso de Ciências Biológicas da Fundação Universidade Regional de Blumenau. Os estudantes foram divididos em grupos de quatro ou cinco integrantes, formando 12 grupos no total, que se estruturaram em duas equipes distribuídas em 6 estações. Nessas estações, foram realizadas proposições e resoluções de problemas matemáticos, envolvendo o conteúdo de Trigonometria. A prática educativa teve duração de duas aulas de 50 minutos cada, focando no desenvolvimento do conteúdo matemático previsto para aquelas aulas. A proposição de problemas foi utilizada em duas estações, sendo que em uma delas cada grupo tinha como demanda criar um problema difícil para o grupo seguinte resolver, envolvendo Teorema de Pitágoras, Lei dos Senos, Leis dos Cossenos ou razões trigonométricas no triângulo retângulo. A outra estação solicitava que pesquisassem e registrassem como se calcula seno, cosseno e tangente em um triângulo retângulo; na sequência, que criassem e resolvessem um problema relacionado ao conteúdo. Na relação com a prática de rotação por estações, verificou-se que o tempo destinado a cada rotação, 15 minutos, precisaria ser ampliado no que se refere à proposição de problemas pelos estudantes. No entanto, os resultados também ficaram condicionados aos conhecimentos prévios dos estudantes em relação ao conteúdo. Os grupos em que os estudantes tinham algum conhecimento anterior sobre a temática, avançaram para a proposição de problemas de maior complexidade e foram mais criativos. Apesar de alguns pontos precisarem ser repensadas em futuros planejamentos, os resultados indicam que a proposição de problemas contribui na aprendizagem proativa, protagonista e criativa e cada estudante é, também, responsável por seu processo de aprendizagem.