Neste trabalho, pretendemos mostrar como o mapa conceitual pode ser ferramenta fundamental na constituição do saber científico. Ao partirmos do pressuposto de que a linguagem, como semiose social, pode ser considerada como gênero, discurso e estilo (FAIRCLOUGH, 2003), entendemos que os mapas conceituais podem ser uma forma de um encaixe de gêneros, muitos discursos e estilos se presentificarem numa atualização semiótica, social para os nossos educandos. Para tanto, buscamos: no referencial da Gramática do Design Visual (GDV), de Kress e van Leeuwen (2006), uma forma de compreensão do mapa mental como semiose social destes novos tempos de hibridizações de ações, representações e identidades do terceiro milênio; na acepção de Novak e Cañas (2006), para quem os mapas conceituais se constituem como espécies de diagramas que vão organizando conceitos, que vão se interligando por certas proposições lógicas, a partir das noções de inclusão de conceitos dentro de outros, de modo que os mapas conceituais passam a se embasar numa psicologia da aprendizagem explícita, numa epistemologia construtivista (TAVARES; MEIRA; AMARAL, 2021); e nas possibilidades que essa nova configuração de gênero textual, discursivo pode assumir a partir das novas tecnologias subjacentes ao trabalho docente na contemporaneidade. Como principais resultados, poderíamos destacar novas formas de aprender – pela interação do educando com o docente – intermediadas pelo computador, além de produções de mapas conceituais que podem ser partilhados, como forma de construção coletiva do saber.