O presente artigo é fruto das discussões interpostas por ocasião das aulas do componente de Formação do Docente em Geografia, componente curricular ministrado pela professora Marizângela Pinto, no Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Geografia em Rede Nacional – PROFGEO – com a Universidade de Brasília - UNB. Consiste numa proposta de construção de um texto crítico acerca dos Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos de Licenciatura em Geografia, das suas matrizes curriculares e das professoralidades que dali são formadas. A graduação escolhida foi a Licenciatura Plena em Geografia do campus Mata Norte da Universidade de Pernambuco – CNM/UPE. Aqui, investigamos o Projeto Pedagógico (PPC) daquele curso ao passo que tercemos críticas pertinentes com base numa análise documental, especialmente das matrizes curriculares ali dispostas, e numa breve revisão de literatura em textos como os que sustentam Kaercher (2007), Mendonça (2013), Saviani (2009), Rosa (2006) entre outros. Dessa atividade foi possível inferir que a cultura bacharelesca tem tomado conta dos currículos formadores de nossas docências que, por sua vez, têm sido colocadas em segundo plano, pelo que, dessa constatação podemos apontar que àquelas licenciaturas precisam se voltar profundamente para a formação de uma professoralidade comprometida didaticamente com o ensino e pedagogicamente centrada no/a educando/a, bem como, destacamos o papel e a potência das faculdades de educação na construção de uma geografia escolar cada vez mais conectada com a realidade e as necessidades da educação atual no mundo globalizado.