O artigo aborda o surgimento e a evolução do gênero musical RAP no contexto norte-americano e brasileiro, destacando sua origem como uma forma de expressão das comunidades marginalizadas nos EUA e sua posterior expansão para o Brasil. Busca-se neste artigo tratar sobre o papel formativo que o RAP desempenha como uma ferramenta de resistência, dando voz aos jovens negros e denunciando as injustiças sociais, sendo uma forma de educação não-formal que pode ser compreendida através do conceito de cultura visual desenvolvido por Fernando Hernándes (2007). O artigo também destaca a influência do RAP na formação social e crítica, exemplificado pelo grupo Racionais MC's, que através de suas letras promoveram a conscientização e o empoderamento da comunidade negra. Além disso, é discutido o papel formativo do RAP, não apenas como uma forma de expressão artística, mas também como uma ferramenta educativa que proporciona reflexão crítica sobre questões sociais e políticas. A análise se estende à cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, onde o RAP enfrenta resistência e preconceito. Em contrapartida, enquanto em alguns locais ainda há preconceito, em outros há professores se apropriando destes elementos para uma educação mais inclusiva e próxima da realidade destes sujeitos. Assim, trago para debate o Instagram de um professor que cria conteúdos informais ensinando diversas áreas do conhecimento fazendo o uso do Rap e dre outros elementos de culturas marginalizadas, criando uma didática que vincula a realidade da favela para ensinar. Em suma, o artigo busca enfatizar a necessidade de reconhecer e valorizar o papel do RAP e de culturas subalternas como uma forma de arte e ativismo que amplifica as vozes marginalizadas e promove a conscientização social.