As tecnologias digitais têm permeado as relações humanas em seus diferentes contextos, de forma a ressignificar concepções previamente estabelecidas. No âmbito educacional, professores se deparam com o desafio de oportunizar o desenvolvimento de novas competências e habilidades, que apontem múltiplos caminhos na construção de conhecimentos, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana a partir de interações no meio digital. Diante da publicação da resolução nº1 de 04/10/2022 do MEC, em complemento à BNCC, fundamentada no Parecer CNE/CEB 2/2022, foram definidas as normas para o ensino da Computação na educação básica, como área de conhecimento. O parecer propõe um conjunto de competências, habilidades e premissas para cada etapa de ensino estruturado em três eixos fundamentais: o pensamento computacional, mundo digital e cultura digital. Além disso, a Lei nº 14.533, de 11/01/2023, instituiu a Política Nacional de Educação Digital e alterou a legislação vigente, estabelecendo a educação digital como componente curricular na educação básica. Em face do exposto, foi necessário buscar meios, diretrizes e orientações para incluir a computação na proposta curricular de uma instituição federal de educação básica no Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II. Nesse contexto, este artigo visa relatar e discutir a aplicação da computação na educação básica através da criação de uma nova proposta curricular, baseada nas documentações vigentes, a ser implantada no Colégio Pedro II, através das aulas da disciplina Informática Educativa, que precisou ser reestruturada para tal adequação, de modo que, esse processo resultou no novo projeto político pedagógico da área, que será colocado em vigor na Instituição a partir do ano de 2025.