A educação integral e de tempo integral encontram-se respaldadas nos principais marcos legais que regulamentam a educação brasileira - na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9394/1996) e no Plano Nacional de Educação (PNE, Lei 13.005/2014). As redes de ensino do país estão há dez anos implementando estratégias com vistas a atender o que se encontra previsto na meta seis do PNE, ampliando tanto o quantitativo de escolas que atendam aos alunos em tempo integral, como de discente matriculados em tempo integral. Dentre essas estratégias, destaca-se a ampliação da jornada escolar nas escolas que inicialmente atendiam em tempo parcial e reestruturação de escolas de tempo parcial para adequar-se às necessidades de atendimento a essa política pública; construção de novas unidades escolares de acordo com padrão arquitetônico, mobiliário e ambientes pedagógicos adequados à ampliação da jornada escolar; fomentação de parceria entre as unidades escolares e outros espaços que possam fortalecer ações educativas, esportivas e culturais e, ainda, desenvolvimento de atividades pedagógicas e multidisciplinares. Tendo como ponto de partida a implementação dessa política pública, essa pesquisa busca analisar dentre outros pontos: Como alunos de anos finais do ensino fundamental de uma escola de tempo integral do município de Fortaleza compreendem os conceitos de educação integral e tempo integral? Que razões os levaram a optar por uma escola de tempo integral? O que eles esperavam de uma escola desse modelo educacional é o que encontram no seu cotidiano escolar? A proposta curricular implementada atende às expectativas desses alunos? Quais as potencialidades e desafios dessa modalidade para os discentes? Como metodologia, usaremos o método qualiquantitativo (Gatti, 2002), trabalhando com a análise e interpretação de documentos e de dados coletados de entrevistas e questionários aplicados com os discentes e, ainda, com o trabalho realizado com grupos focais.