Dentre as problemáticas referentes à Educação de Jovens e Adultos (EJA), uma delas diz respeito ao baixo número de estudantes matriculados anualmente nesta Modalidade. Fruto de uma política Educacional Neoliberalista (Frigotto, 2000), (Arroyo, 2013) e do Gerencialismo (Ball, 2005, 2014), o esvaziamento da EJA tem acarretado incertezas e angústias aos profissionais da educação que atuam no interior deste seguimento de ensino, uma vez que sua precarização tem gerado consequenciais negativas aos docentes, como, excedência, necessidade de complementação de carga horária, quebra de laços afetivos, perdas salariais, dentre outras. Este artigo discute o fenômeno do esvaziamento da EJA a partir da percepção e vivência dos professores da Escola Municipal Solange Coelho, localizada em Lauro de Freitas, na Bahia. Analisa os impactos dessa problemática e a forma como os professores se organizam e se mobilizam para minimizar o impasse de modo que tenham garantido o direito de continuarem trabalhando nessa Modalidade. Metodologicamente, trata-se de um estudo de caso e a coleta de dados da pesquisa, ora em andamento, se dá por meio de entrevistas estruturadas. Resultados preliminares apontam que os sujeitos da pesquisa têm sido impactados efetivamente e afetivamente pelas políticas neoliberais e gerencialistas impostas à EJA, mas que, por outro lado, tem buscado formas de resistência para minimizar o problema.