Este relato de experiência tem como objetivo geral investigar a conexão entre o pensamento decolonial e a práxis libertadora na formação docente. Apoiamo-nos em intelectuais negras, como bell hooks, que pensou a Pedagogia Engajada e Nilma Lino Gomes, pesquisadora brasileira e pedagoga, assim como em educadores sociais brasileiros, como Paulo Freire e Carlos Rodrigues Brandão, para discutir como as experiências vivenciadas no Coletivo Mapinduzi (grupo de estudos e leitura de intelectuais negras) e a Coletiva Cultural Cenopoético Viva a Palavra (projeto de extensão em desenvolvimento junto à comunidade da Serrinha, no entorno da Universidade Estadual do Ceará), configurando-se, assim, uma pesquisa de abordagem qualitativa. Tais experiências estão levando graduandas e docente à refletirem fortemente sobre questões sociais, raciais, de gênero, relacionadas à cultura popular, dentre outras para compreender a educação, para planejar e fazer educação de uma forma democrática, engajada, inclusiva e libertadora, em contraposição às perspectivas tradicionais de ensino que reforçam estruturas excludentes. Entende-se, com base nessas experiências, que o pensamento decolonial e a práxis libertadora estão conectadas, pois ambos apontam para novos modelos de educação para todos e que, experienciá-las durante a formação inicial em Pedagogia fortalece nas graduandas as bases para as práticas antirracistas, decoloniais e libertadoras.