Este artigo originou-se durante o 6° semestre do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Federal do Pará, durante a realização da disciplina Infância, Cultura e Educação, parcialmente e essencialmente fundamental para a formação de professores, trazendo como objetivos analisar a história das crianças judias em alto mar durante o século XVI. Além disso, será abordado sobre os preconceitos e violências que ocorreram nas imigrações e embarcações portuguesas no século em questão, uma vez que, essas crianças estavam nas embarcações junto com os grumetes, os pajens e as órfãs do rei. Dessa forma, a análise de sua história como tópico singular, é essencial para compreender esse processo de colonização forçada que ocorreu com a utilização dessas crianças prioritariamente marginalizadas. E para tal investigação, buscou-se realizar pesquisas bibliográficas que pudessem correlacionar a temática das viagens marítimas e o grupo etnográfico das crianças judias, a qual aparentemente encontra-se com pesquisas escassas. Dessa forma, os trilhos desta investigação permeiam em evidenciar, utilizando de referenciais teóricos as pesquisas de Novinsky (1991), Fontana e Cruz (1997), Del Priore (1999), Dias (2005) e Stolke (2006), os elementos norteadores que relatam a história desses indivíduos, as mazelas que sofreram e a perseguição fundamentada em preconceitos e intolerâncias. Diante do exposto, através deste levantamento feito a partir das obras dos autores citados, foi construído - com diversas dificuldades por conta da falta de arquivos que tratassem sobre o assunto - este trabalho, que se enquadra como tema de pesquisa de grande significância, uma vez que, maioritariamente, as histórias e pesquisas sobre os povos judeus, foram apagados da história. Por essa razão, o resumo expandido se dividirá em abordar as seguintes sub temáticas: a) o preconceito contra judeus nos séculos XVI-XVII e b) os grumetes e as crianças judias.