A Educação do Campo é uma modalidade de ensino que ocorre nos espaços rurais; na Amazônia a Educação do Campo é voltada para populações de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, trabalhadores assalariados rurais, caiçaras, povos das florestas, caboclos; povos que formam a Amazônia. Dessa maneira, o artigo tem como objetivo evidenciar os desafios, as dificuldades e os avanços da Educação do Campo. O texto é fruto da disciplina de Tópicos Eletivos de Aprofundamento II, realizado no 6º semestre do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Pará/Campus Castanhal, juntamente com uma pesquisa de campo realizada em espaços rurais, possibilitando a vivência entre teoria/prática na formação acadêmica, bem como coletar e relatar as vivências de uma população rural localizada em uma comunidade do interior da cidade de Bonito/Pa. Neste sentido, no referencial teórico dialogamos com Caldart, Pereira, Alentejano e Frigotto (2012); Arroyo (2003) e Canali (2007). A metodologia escolhida para expandir nossos conhecimentos sobre o assunto consiste na abordagem qualitativa, envolvendo levantamento de dados bibliográficos e pesquisa de campo qualitativa. Os resultados obtidos com a pesquisa demonstram que mesmo a Educação do Campo sendo um direito garantido para as populações tradicionais do campo, os mesmos em sua maioria não têm acesso a uma Educação do Campo que dialogue com a realidade e os saberes de cada população, prevalecendo ainda uma Educação Rural que visa a saída dos alunos do campo para a cidade para que se tornem mão de obra barata. Desse modo, os resultados apontam para a necessidade da criação de políticas públicas e educacionais. Assim, a educação do campo na Amazônia deve reagir a essa organização urbanizadora contemporânea que é a escola, e lutar por uma escola com propostas educativas que visem o desenvolvimento político, social e cultural da população camponesa da Amazônia Paraense.