A Educação Popular em Saúde (EPS) é um caminho capaz de contribuir com metodologias e saberes para a constituição de novos sentidos e práticas no âmbito do SUS e um instrumento imprescindível para o empoderamento dos sujeitos sobre sua saúde compreendida em seu sentido amplo. Surgindo a partir de Movimentos Sociais, a EPS se agrega a causa LGBT a partir de alguns referenciais teóricos. Entre eles, o de Paulo Freire. Logo, este trabalho objetiva refletir a Educação Popular em Saúde no processo emancipatório de LGBT a partir das contribuições de Paulo Freire. Realizou-se um estudo dialético a partir das concepções de Diniz e Silva (2008) e Zago (2013) por meio da re(leitura) de obras do Educador Paulo Freire, do Caderno de Educação Popular em Saúde (BRASIL, 2014) e da Política Nacional de Saúde Integral LGBT (BRASIL, 2013). Na perspectiva deste estudo, o ideal emancipatório que a Educação Popular encontra no pensamento pedagógico Freireano traz embasamento problematizador sobre questões sociais que surgem através das relações entre oprimidos e opressores. Logo, entende-se que o padrão construído em torno da heteronormatividade traz consequências importantes para LGBT, inclusive no campo da saúde. Nesse sentido, a EPS aparece para reafirmar o compromisso do SUS com esta população. Assim, conclui-se que a EPS fundamentada nas obras de Paulo Freire é uma alternativa para o movimento LGBT, uma vez que reconhecem a significação da existência humana como um ato plural na busca constante por um “inédito viável” e na crença em uma eterna “Pedagogia da Esperança”.