Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados a dor crônica de pacientes com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) atendidos na atenção primária. Método: Estudo transversal de caráter quantitativo, a coleta de dados foi realizada em duas Unidades Básicas de Saúde, com participantes com DCNT, amostra n=351. Variáveis analisadas: perfil demográfico, socioeconômico, hábitos de vida, variáveis clínicas e pressão arterial (PA); parâmetros bioquímicos (glicemia, hemoglobina glicada, colesterol total, HDL, LDL, triglicerídeos); Antropometria: Índice de Massa Corporal (IMC). A avaliação da dor foi por escala de dor Escala Numérica-EN (0-10 pontos) e pelo questionário descritor de dor de McGILL. Analise de dados software Package for the Social Sciences (SPSS®) versão 20.0, foi estabelecido nível de significância (p<0,05). Resultados: A prevalências de dor crônica foi de 83,8% dos participantes com Diabetes Mellitus (DM) e 78,4% dos pacientes com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) isolada. Sendo que 76,5% dos participantes com DM e HAS associadas tinham dor. Identificou que 73,2% das mulheres foram acometidas com dor, 65,2% tinham tempo de HAS ?10 anos e 73,3% tinham tempo de DM ?10 anos. Participantes que referiam dor crônica eram obesos (IMC=29,20), usavam mais medicamentos (MD=4) e tinham triglicerídeos elevados (MD=142). As variáveis associadas a dor crônica, foram dor do tipo intensa (MD=8,0 ± 2,0, Mín.=1,0 e Máx.=10 pontos) e localizada na região lombar. Os descritores de McGill sensitivos foram (latejante, punhalada, fina, calor/queimação, doida, pesada e sensível) e os afetivos (cansativa/exaustiva e enjoada) os mais frequentes. Conclusão: Os dados sociodemográficos, bem como os dados bioquímicos não apresentaram significância estatística com a dor crônica nesse estudo. A DM e HAS isoladamente apresentaram maior prevalência. E permaneceu associado a dor crônica, a intensidade e o local da dor. Não obstante os descritores sensitivos foram mais referidos do que os afetivos pelos idosos.