Diante do incremento da população idosa, destacam-se os idosos longevos (acima de 80 anos) que possuem condições de vida e saúde com diferenças significativas mesmo entre as próprias pessoas idosas. Tais constituem o grupo etário com crescimento mais acentuado atualmente, que pode vir a impactar na maior proporção de deficientes, pessoas com doenças crônico-degenerativas e limitações para as atividades básicas da vida diária. Objetivou-se evidenciar a autopercepção da pessoa idosa longeva sobre a sua saúde, autonomia e independência. Trata-se de uma pesquisa descritiva de caráter exploratório com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada no território de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da cidade de Currais Novos, Rio Grande do Norte, escolhida por meio de sorteio. A pesquisa teve aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa. A população do estudo foi composta por 11 idosos com idade mínima de 80 anos, cadastrados na UBS sorteada. A limitação dessa amostra foi realizada por saturação. Os idosos apontaram suas diversas condições de limitação e as formas como têm conduzido-as. Destaca-se que quanto quadro de saúde após a idade octogenária, os participantes desta pesquisa focaram suas representações nas multimorbidades adquiridas durante a longevidade, respaldando os achados evidenciados na literatura sobre o aumento das doenças nesta etapa da vida. Outrossim, uma vez que na população idosa brasileira a presença de multimorbidades é majoritária entre os idosos mais longevos. Conclui-se que é essencial conhecer como pessoa idosa longeva percebe-se em relação à sua saúde, autonomia e independência.