O conceito de idoso vem sendo modificado ao longo do tempo e, atualmente, os envelhescentes têm ganhado destaque por prolongar o tempo para a aposentadoria. O estudo teve como objetivo analisar a percepção do professor universitário no envelhecimento no mercado de trabalho. Trata-se de estudo transversal observacional quantitativo que contou com a participação de 35 professores universitários. Foi aplicado um questionário sociodemográfico, o instrumento de qualidade de vida WHOQOL e um questionário sobre satisfação no mercado de trabalho. Os resultados mostram que 75% dos participantes eram mulheres, com idade média de 54,9 anos, que se consideravam brancos (91%) e que estavam em um relacionamento estável (74%). Todos os participantes apresentavam pós-graduação, 37% mestrado, com média de 22 anos de atuação no ensino sendo 11 anos no superior, e 83% em Instituição Privada de Ensino. 40% classificaram sua qualidade de vida como boa, 48% estavam satisfeitos com sua condição de saúde e 74% satisfeitos com sua capacidade para realizar seu trabalho. Apenas 17% afirmaram nunca sentir mau humor/desespero/ansiedade/depressão e apenas um participante afirmou não gostar de dar aula, porém, 23% nunca se sentem valorizando pela atividade. 37% afirmaram não lecionar disciplinas relacionadas à sua especialidade, sendo que 68% não sentem estabilidade no emprego e 48% acreditam que docentes mais jovens possuem mais vantagens para conseguir novos empregos. 20% afirmaram já ter sentido preconceito por serem mais velhos e 80% acreditam que o mercado de trabalho está contratando mais docentes jovens enquanto 63% não acreditam que professores mais velhos são mais valorizados que os jovens. Os resultados mostram que os participantes sentem o processo de envelhecimento como um fator antagonista à sua carreira apesar de se sentirem bem e capacitados para sua atividade. Os resultados são importantes para as Instituições de Ensino atuem de forma a minimizar tais efeitos sobre seus colaboradores.