O presente trabalho aborda a importância do Plano Estadual de Alfabetização de Jovens e Adultos do Estado da Paraíba – Ler, Entender e Fazer, executado em parceria com o Governo Federal por meio do Programa Brasil Alfabetizado nos municípios paraibanos. O foco central do trabalho são as dificuldades encontradas pelos alfabetizadores do município de Ingá em conseguir manter a frequência dos educandos e assim obter sucesso ao fim dos trabalhos com resultados positivo que seria erradicar e/ou diminuir o índice de analfabetos no município no período de 2012 a 2014. No ano de 2011/2012 foram oferecidas 10 turmas para zona rural e 18 turmas na zona urbana do município, portanto, foram inseridos no programa 450 analfabetos entre jovens acima de 15 anos, adultos e idosos. No ano de 2012/2013 foram oferecidas 11 turmas para zona rural e 27 turmas para a zona urbana, totalizando 570 educandos e para finalizar o período analisado, em 2013/2014 foram inseridos no programa 720 pessoas que se declararam analfabetas distribuídas em 32 turmas para zona urbana e 16 turmas para a zona rural. De todos esses indivíduos 30% dos educandos inseridos permanecem, pois não conseguem concluir o período com resultado satisfatório, ou seja, não conseguem se alfabetizar. 50% desistem e não dão continuidade ao processo de alfabetização e apenas 20% prosseguem no processo e obtém resultados positivos e prosseguem para turmas do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) dando prosseguimento ao processo e alfabetização de forma mais aprofundada. Uma das maiores dificuldades encontradas pelos alfabetizadores em relação aos adultos e idosos é conscientizá-los da importância do conhecimento para melhoria de sua vivencia, pois os mesmos não conhecem os números e necessitam de ajuda para todas as atividades que requerem um conhecimento mais específico. Dentre os jovens, a maior dificuldade é fazer com que o mesmo se identifique como cidadão com importância diante da sociedade, pois os mesmo se sentem marginalizados e sem merecimento para o saber. Outra dificuldade encontrada é a falta de estrutura física, pois 90% das turmas funcionam na casa dos alfabetizadores, o que não oferece um ambiente favorável, além de não oferecer os recursos básicos e necessários ao processo de alfabetização.