O ensino da literatura precisa ser visto como uma potência, instrumento de prazer, porque a literatura não fetichiza nenhum saber, mas faz circular os saberes. Infelizmente, em pleno século XXI ainda há quem utiliza a leitura literária como punição, provocando um distanciamento entre leitor e livro literário. Desse modo, este artigo propõe dialogar com a literatura associada a outros signos para um ensino mais satisfatório e prazeroso. Investimos na criatividade e inventividade do estudante para escapar de propostas pedagógicas fechadas nos manuais didáticos, com isso, uma das ações foi transformar o espaço de sala de aula num laboratório, para que as oficinas de leituras se realizassem. Outra ação foi a transmutação do texto literário de uma série discursiva para outra, numa tentativa de aproximar o texto do leitor. E assim, a literatura dialoga com outras artes (cartazes, teatro, cinema, as pinturas, as charges, cartas, grafite, bilhetes entre outros) modificando o cotidiano literário que se consolidou com as táticas de desmontagem. Os resultados se fizeram presentes através da efetiva participação dos estudantes nas aulas de literatura brasileira, a contribuição na formação do leitor e da leitora e invenção de um cotidiano literário com táticas inventivas.