Dentro da sociabilidade capitalista qual é o papel das mulheres? Que locais elas ocupam? Como elas entendem a origem de suas (im)possibilidades? Por meio de uma construção histórica ou por um destino fatídico? Partindo de uma leitura histórica marxista, este estudo pretende discutir a urgência da construção de uma educação feminista que corrompa os interesses do Capital, entendendo que este se alimenta da exploração, sendo o trabalho doméstico e reprodutivo o alicerce da renovação da força de trabalho. Alicerçadas no materialismo histórico-dialético, extraímos as múltiplas determinações que cercam o objeto de pesquisa. Para isso, cumprimos dois momentos, o de investigação e de exposição, o qual se efetivou por meio de um levantamento com base no concreto idealizado através do fenômeno investigado e por conseguinte, a exposição analítica que foi realizada utilizando a análise dialógica de Bakhtin (2016). Assim, com base nos escritos de Lerner (2019); Arruzza, Bhattacharya e Fraser (2019) foi discutido o caráter organizacional e emancipatório do feminismo marxista atravessados pelo desafio histórico da Crise do Capital em Mészáros. Nesse sentido, em concordância com Tonet (2017) procurou-se promover possíveis caminhos, através da conceituação de atividades educativas emancipatórias, a serem utilizados com o objetivo de possibilitar uma educação feminista que atenda a necessidade de projeto identitário, com base na história das mulheres, que promova emancipação por meio da conscientização de seu papel revolucionário.