Discute-se as transformações no espaço agrário a partir do projeto de transposição do rio São Francisco na mesorregião Sul Cearense, mediante a expansão capitalista demonstrada pela territorialização do capital, através da atuação de grandes empresas do agronegócio. A metodologia apresenta-se baseada em estudos de referências teóricas relacionados com a água, terra e território, incluindo ainda, as confecções de mapas temáticos, registros fotográficos e entrevistas com empresários do agronegócio e agricultores familiares. Ainda serão realizadas visitas aos órgãos públicos envolvidos com o objeto de estudo, no intuito de facilitar a compreensão da investigação, já que essas instituições disponibilizam dados necessários para o entendimento da realidade local. Pretende-se compreender as contradições do megaprojeto de infraestrutura e desvendar as indagações e inquietações existentes em relação à mercantilização dos bens comuns da natureza pelo agronegócio, evidenciando-se a resistência de agricultores familiares, que lutam pela terra, água e práticas baseada nos princípios agroecológicos na perspectiva de um território sustentável.