SICSÚ, Delma Pacheco. Caminhos de rio e de floresta: a literatura indígena no amazonas. Anais VIII CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/90845>. Acesso em: 22/11/2024 07:47
O presente artigo trata acerca da literatura indígena amazonense e objetiva discutir acerca da importância da circulação e recepção desta literatura no mercado editorial, na Universidade e nas escolas. O artigo discute acerca da literatura indígena no mercado editorial, na Universidade, na escola, destacando projetos de extensão, iniciação científica, trabalho de conclusão de curso, pesquisa de mestrado e doutorado que tomam como objeto a literatura autóctone Amazonense. O presente trabalho toca ainda em outras questões importantes acerca de literatura indígena como equívocos, estereótipos e apagamento em torno dos povos ameríndios e de como o texto literário de autoria indígena ajuda a repensar e a desconstruir equívocos, estereótipos sobre os povos indígenas que ainda hoje se fazem presente. A literatura indígena amazonense registra o acervo mítico e lendário das etnias as quais os escritores pertencem, como também denuncia problemas enfrentados por esses povos ao longo dos séculos. Esta literatura tem um caráter dialógico, pois busca por meio desses textos uma ponte de diálogo com a sociedade não indígena. Escritores indígenas amazonenses como Ytanajé Cardoso, Yaguarê Yamã, Elias Yaguakãg, Lia Minápoty, Roni Wasiry Guará, Márcia Kambeba exercem um papel fundamental na atualização da memória de seu povo no suporte livro e para fazer ecoar a voz dos povos indígenas para além de suas aldeias. O contato com esta literatura possibilita aos leitores não autóctones ressignificar a história dos povos originários, uma vez que agora é o próprio indígena contando sua história. Por isso a circulação desta literatura na Universidade, em escolas é fundamental ´para colocar em prática a lei 11. 645/2008 e refletir acerca da história, cultura e identidade dos povos originários. Como base teórica toma-se os estudos de Thiel ( 2012), Graúna (2013), Kambeba ( 2018 ), Lajolo ( 2001 ) entre outros que ajudam na discussão da temática em foco.