Quando fala-se em Educação do Campo, em geral, é estabelecida uma correlação direta com a Educação Rural, criando-se um entendimento de uma mesma concepção, desconsiderando o seu real sentido. Entretanto, a Educação do Campo ainda vivencia muitas dificuldades no que se refere ao processo de formação de uma construção educativa, carregada por culturas e conflitos que vão além de uma educação formal, pois a Educação do Campo é baseada nas relações viventes e representativas de seus povos, seus contextos reais. Nesta perspectiva, este trabalho tem como objetivo trazer discussões acerca do Campo como território de Resistência, e refletir sobre os aspectos conceituais e estruturais da Educação do Campo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica em documentos oficiais que norteiam a prática da Educação do Campo, como também, em apontamentos e resultados feitos por artigos de pesquisadores que abordam a temática. O trabalho indicou que as lutas agrárias deram voz aos povos do campo que, historicamente, eram vistos marginalizados pela sociedade, assim como, evidenciou o fato da educação não poder ser entendida como superficial à realidade, compreendendo que cada espaço deve ser baseado por sua representação, nem de forma geral para todos os públicos, mas sob análise sensível e dedicada, considerando e valorizando as especificidades do contexto sócio-cultural.