O presente artigo tem por objetivo expor as experiências e resultados decorrentes do trabalho desenvolvido pela Gerência de Articulação e Políticas para as Mulheres, serviço vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação da cidade de Queimadas/PB. O referido município foi cenário de crimes brutais praticados contra a dignidade feminina no ano de 2012, que tiveram repercussão a nível nacional, o caso ficou conhecido como “A barbárie de Queimadas”. Atualmente a cidade é reconhecida pela luta e enfrentamento à violência de gênero, através do trabalho desenvolvido pela Rede de Atendimento a Mulher. Ressaltam-se como referencial teórico-metodológico bibliografias que versam sobre a análise do fenômeno da violência doméstica e as categorias socioculturais no processo educacional de desnaturalização da violência doméstica e familiar contra a mulher. O trabalho foi norteado nas seguintes normativas: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/1996 que foi alterada pela Lei nº 14.164/2021 incluindo conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher nos currículos da educação básica; Lei Maria da Penha n° 11.340/2006; Plano Municipal de Política para as Mulheres; Lei Municipal nº 532 de 14 de agosto de 2017; Lei Municipal de nº 683 de 15 de fevereiro de 2021. Participaram das atividades estudantes dos anos iniciais da Rede Municipal de Ensino, mulheres responsáveis por essas crianças e adolescentes e profissionais da educação. No tocante aos resultados, a estratégia pensada e realizada causou impacto social na vida dos estudantes e das mulheres e mães que tiveram a oportunidade de receber as informações e acessar a rede de serviços local. Essas articulações constituem importante diferencial na desconstrução do machismo, enraizado na sociedade. Tais abordagens ratificam a necessidade de articulação entre as políticas públicas para que haja a desnaturalização e diminuição dos índices de violência de gênero.