Este artigo, do tipo pesquisa documental, focaliza os desencontros históricos acerca da legislação brasileira sobre a pós-graduação lato sensu. O fato d’eu ser Professor deste nível acadêmico e viver as tensões cotidianas já seria um fator que justificaria essa pesquisa, mas o estudo que se segue, relata a história do nível acadêmico mais preterido pelas políticas públicas. Neste sentindo, o objetivo geral é analisar a história da Legislação Brasileira acerca da pós-graduação lato sensu, bem como a evolução do mercado de especialização de nível superior. O referencial teórico fundamenta-se, em especial, nos pressupostos de Anísio Teixeira (1956 e 2004), trazendo a crise da educação brasileira. Durkhein (2019), apresentando a importância da ciência e consciência, para a formação da sociedade. Documentos oficiais de 1925 até 2020, além de outros/as teóricos/as que dialogam entre si e com o autor. Os dados foram coletados por meio de análise documental das regulamentações, pareceres e leis. Esta análise possibilitou expor a fragilidade das políticas públicas acerca do funcionamento dos cursos de pós-graduação lato sensu, mesmo sendo evidenciado o crescimento de acadêmicos/as matriculados que, entre os anos de 2016 e 2020, dobrou. A invisibilidade aos olhos do poder público faz com que a pós-graduação lato sensu esteja abandonada e nos faz levantar a hipótese se este abandono é uma estratégia. Ora, ter como estratégia invisibilizar um nível de formação de especialistas que podem contribuir com a transformação social de um contexto, parece não ser o melhor caminho. Este artigo vem alarmar a situação catastrófica da pós-graduação lato sensu, para direcionar os olhos da academia em sua direção, no sentindo de realizarmos esforços para a mudança.