O presente artigo, tem o objetivo de analisar como as identidades sexuais e de gênero são construídas na escola a partir das práticas curriculares. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, onde busca-se aporte teórico em Foucault (2006), Louro (2007; 2003; 1995), Hall (2003), Silva (2003) entre outros/as. Busca-se discutir como o disciplinamento, a normalização, agem controlando o sujeito, construindo identidades de gênero e sexuais e como no ambiente escolar é ensinado por meio de várias lições e pelas relações de poder, como viver a sexualidade normal, a heterossexual. As discussões no âmbito das questões relacionadas a gênero e sexualidade, ainda são muito ausentes no cotidiano educativo. Esse conceito muitas vezes permeia a nossa vida e passa despercebido, porque se tentou construir como algo inato ao ser humano, digo, “natural”. Mas, com o passar do tempo, começou a ser visto de forma diferente, e suas implicações passaram a ultrapassar as interpretações simplistas e biologistas. As discussões em torno do conceito de gênero foram criadas precisamente para enfatizar o fato de que as identidades masculinas e femininas são históricas e socialmente produzidas. As definições sofrem variações ao longo da história e entre as diferentes sociedades, nos levando a compreensão que essas identidades não têm nada de fixo, de essencial ou de natural. Reforçando essa idéia, “gênero”, permite entre outras coisas, deslocar o foco do determinismo biológico tão presente nas teorizações referentes à noção de sexo e diferenças sociais, intensificando o sentido da construção social como instância de produção de sujeitos masculinos e femininos, como também as desigualdades e diferenças estabelecidas nessas relações.