A literatura enquanto arte da palavra permite a representação das mais diversas atividades humanas. Quando uma obra literária se torna um clássico, ela passa a alimentar o imaginário social e a promover debates relevantes para a cultura nacional. Nessa perspectiva, a obra O Cortiço (1890), de Aluísio Azevedo, é uma referência literária marcante da nossa cultura. Sendo assim, em primeiro plano, o devido estudo objetiva analisar como o romance em questão representa a atividade da mineração e os profissionais relacionados a esta área. Paralelamente a representação da mineração, divulgar a obra como um incentivo de leitura também se faz primordial para o desenvolvimento final do projeto. Esse trabalho se justifica pelo fato da obra citada ser muito importante para nossa cultura e não apresentar nenhuma leitura que foque o tema da mineração, que é um aspecto relevante do enredo. Além disso, a relação entre Literatura e Mineração é pouco explorada em nossa cultura, embora possamos encontrar obras que tematizam a atividade de exploração mineral: poemas de Olavo Bilac, Cecília Meireles e Carlos Drummond de Andrade servem de exemplo. Para realizar esse trabalho, utilizaremos como método a pesquisa bibliográfica, investigando uma obra literária e conceitos teóricos relacionados ao tema em estudo e discussões realizadas pelos participantes com o intuito do amadurecimento literário acerca do tema proposto. Como fundamentação teórica, nos baseamos em conceitos de romance, SOARES (2007); personagem, CANDIDO (1968); mineração, CURI (2017); lavra a céu aberto, CURI (2014). Com isso, esperamos caracterizar a representação da atividade de mineração no romance em estudo através do funcionamento da pedreira, bem como demonstrar a atuação do profissional da área de mineração na figura do “cavouqueiro” permitindo, dessa forma, a realização da literatura e mineração como a arte da palavra e notoriedade social para os campos da linguística e da educação.