A arborização urbana pode representar uma série de benefícios à sociedade e ao ambiente urbano, possibilitando mais sombra, diminuição da poluição do ar e sonora, melhorias na temperatura e sensação térmica nas cidades, disponibilidade de alimento e abrigo para a fauna, dentre outras vantagens. Em associação com projetos e programas de Educação Ambiental, pode corroborar para a sensibilização sobre a importância da flora e suas relações ecológicas ao equilíbrio ambiental, bem como para mudanças de atitudes pela população dessas cidades. Diante desse contexto, o presente artigo realiza um levantamento de programas e projetos que têm sido desenvolvidos no Nordeste brasileiro, em função das suas potencialidades tanto para a educação da população como para contribuições à educação formal. A pesquisa é qualitativa, de caráter exploratório, e, a partir de uma análise interpretativa, investiga conjuntos de dados já existentes em documentos como artigos publicados em periódicos especializados e em eventos acadêmicos, trabalhos de conclusão de curso, portais de notícias, de instituições públicas e organizações que destacam ações realizadas em espaços não formais de educação da referida região. Quanto aos resultados, são apresentados e discutidos os achados sobre iniciativas de cada estado da região Nordeste que contemplam esse tipo de proposta, vinculando a arborização urbana à Educação Ambiental, perpassando a utilização de bosques, parques, espaços de lazer e convivência, doação e plantio de árvores nativas, atividades comunitárias voltadas à sustentabilidade e parcerias com escolas, dentre outras ações. Levando em consideração as contribuições de cada iniciativa destacada pela pesquisa, é possível constatar indícios de forte potencial das propostas de Educação Ambiental para a ampliação do compromisso social com a conservação do planeta e construção de uma cidadania ambiental, ao planejamento dos espaços urbanos, tendo como reflexo a constituição de novos discursos e atitudes sustentáveis.