A Educação Sexual não se limita apenas ao entendimento biológico do corpo humano ou atos sexuais, mas abrange a sexualidade, o gênero, a saúde, o emocional, características que constituem a identidade de um indivíduo e promovem o respeito às singularidades. No contexto escolar, a Educação Sexual continua sendo alvo de muitos debates. As preconcepções nutridas socialmente fazem com que inúmeras vezes a temática seja relacionada a uma conduta imoral, que deve, em quaisquer circunstâncias, ser censurada da vida de crianças e adolescentes. Entretanto, é necessário que se compreenda a amplitude do seu conceito e a subjetividade com que é trabalhado em sala de aula, tendo em vista que está diretamente ligado e possui forte influência na manifestação das individualidades e do autoconhecimento dos educandos. Assim, o presente trabalho tem como objetivo, explorar as implicações da cultura moral-tradicionalista na Educação Sexual em ambientes escolares, bem como os avanços na sua compreensão. Para tanto, utilizou-se de estudos bibliográficos partindo das perspectivas de autoras como FURLANI (2011), RAFART (2020) e ALTMANN (2009), além da aplicação de questionário semiestruturado com mães/pais e profissionais de escolas de Ensino Fundamental do município de Imperatriz, Maranhão. A sexualidade, o gênero e o corpo ainda são tratados de forma velada nos ambientes educacionais, e, em determinadas situações, é mal interpretada pelos familiares, que têm a Educação Sexual como uma má influência ou corrompimento da personalidade das crianças e adolescentes, gerando receios e limitações para os docentes na realização de seus planejamentos.