As práticas de leitura e de escrita fazem parte da vida em sociedade e, particularmente, constituem uma das principais atividades a serem desenvolvidas em situações escolares. O estágio supervisionado de língua portuguesa, nessa direção, representa um espaço fecundo para pensar a leitura e a escrita, e para questionar como os alunos podem tornar-se leitores proficientes e bons produtores de texto. Nesse sentido, o estágio é uma oportunidade de vivenciar a docência e de criar um espaço de relação entre teoria e prática. Quanto à leitura e à escrita, o estágio consolida-se como um momento oportuno para se escolher estratégias tanto de ensino quanto de aprendizagem, entre elas, planejar o texto, a partir do contato proporcionado pela leitura e dar textualidade ao que se escreve. Nesse sentido, as estratégias são concebidas como procedimentos ou ações realizadas por quem aprende para alcançar determinadas metas. Assim, este artigo objetiva descrever e analisar objetivos e propostas de ensino da leitura e da escrita em aulas de língua portuguesa do 6º ano do ensino fundamental, de uma escola pública da cidade de Campina Grande-PB. Os dados resultam, portanto, do planejamento de sequências didáticas elaboradas para o período de estágio e serão interpretados qualitativamente. Os resultados demonstram que a ação de ler faz ativar e realizar várias estratégias, algumas (re)conhecidas ou desconhecidas por nós mesmos. Em ambas as situações, elas viabilizam o processamento textual (KOCH, 2002 e SOLÉ, 1998) e evidenciam a compreensão de que a leitura também envolve um processamento cognitivo (KLEIMAN, 1993).