MARTINS, Luana Maria. Vulnerabilidade social e direitos humanos em “quarto de despejo”. Anais VIII CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/88905>. Acesso em: 22/12/2024 23:15
A literatura de testemunho é base para conhecimento e compreensão de realidades diversas que se fazem presentes no ontem e hoje. Quarto de Despejo: diário de uma favelada traz um olhar sobre a vulnerabilidade social ainda persistente na sociedade brasileira, além da importância da leitura como prática de resgate e reconhecimento da realidade. O estudo objetivou analisar assuntos sobre vulnerabilidade social e violação dos direitos humanos por meio dos relatos de Carolina Maria de Jesus em Quarto de Despejo: diário de uma favelada. Sua relevância social se baseia no fato de que a referida obra representa na sua escrita traços característicos de denúncia sobre a fragilidade social, caracterizando um Brasil sob uma época de desenvolvimento socioeconômico. A metodologia se ampara como pesquisa bibliográfica, se baseando em referências de teóricos que apresentam uma visão crítica semelhante acerca do tema proposto com a finalidade de enriquecer a discussão, como por exemplo: Vogt (1983), Gonçalves (2014), Lima (2014) entre outros. Levando em consideração a data que foi adotada e proclamada a Declaração dos Direitos Humanos, sendo esta datada de 1948, é observado que na obra analisada, publicada 12 anos depois, existem inúmeros questionamentos e denúncia de questões sobre a vioalação destes direitos, e nos faz questionar qual e como tem sido realizado o trabalho para assegurar esses direitos às pessoas em situação de vulnerabilidade social nos dias atuais. Como parte da formação do pensar crítico, cabe aos educadores estarem conscientes do seu papel de formador, cabendo a este proporcionar aos seus alunos a oportunidade de vivenciar diferentes situações e realidades por meio da leitura de textos discursivos. A literatura de testemunho deve fazer parte desse processo, permitindo ao discente protagonista desse momento, fazendo ele mesmo seu tempo/espaço e se tornando livre para se reconhecer naquela leitura.