A representatividade negra na literatura infanto-juvenil ainda é uma problemática para a escola, pais e crianças, especialmente devido à escassez de títulos desta temática no mercado literário. Tais enunciações contemporâneas que geram discussões sejam em casa, na escola, nas redes sociais ou ainda nas universidades, se forem abordadas em consonância com as competências socioemocionais permitirão desenvolver em sala de aula a autoestima, a empatia, e habilidades de relacionamento, fazendo com que as crianças cresçam mais seguras, conscientes e independentes. Desse modo, surge este artigo que tem como objetivo analisar as contribuições dos protagonistas negros no processo de identidade das crianças, através de obras literárias infanto-juvenis. Para tal, realizou-se uma revisão da literatura através de artigos e teses, bem como, uma análise de duas obras literárias: Bruna e a Galinha D’angola, escrita por Gercilga Almeida, e, As Tranças de Bintou, de Sylviane Anna Diouf, que serviram de base para a pesquisa. Contém informações importantes retiradas das páginas dos livros e se transformaram em verdadeiros ensinamentos para a construção da identidade das crianças, como por exemplo, o respeito às diferenças, o combate ao racismo, entre outros. O artigo está fundamentado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96 e também na Lei nº 10.639 de 2003, que estabelece as Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-raciais para o Ensino de História e Cultura Africanas e Afro-brasileiras. Contudo, espera-se por ser uma temática atual, que esta revisão literária seja valiosa para estudos futuros e reflexões na área da educação.