O estudo da imaginação ocorreu no contexto de uma atividade investigativa e a partir da aprendizagem como uma produção subjetiva. Esboçamos o percurso do estudo cujo referencial teórico é a Teoria da Subjetividade de González Rey, sustentada na Epistemologia Qualitativa e na Metodologia Construtivo-Interpretativa, do mesmo autor. Refletimos sobre as condições geradas na pesquisa para estudar a imaginação de um estudante – Pietro, com destaque para uma atividade sobre a respiração dos fungos. Apresentamos os principais resultados, explicitando a construção de indicadores novos, a ampliação da hipótese do estudo e o avanço na compreensão da configuração subjetiva da ação de aprender de Pietro. Assim, a atividade proposta nos ajudam a investigar a imaginação do estudante no curso de uma ação, que demandou a criação de uma representação de um planejamento para o experimento sobre a respiração dos fungos. Primeiro, porque o espaço relacional dialógico se constituiu em uma estratégia pedagógica, para alcançar o pensamento do participante e envolve-lo afetivamente. Segundo, porque a atividade demandou a produção de ideias, resultando na construção de um modelo de conhecimento pelo estudante, e suas reflexões sobre se os resultados obtidos teriam capacidade para responder ao problema proposto. As interpretações geradas a partir dos indicadores formulados, com base nas expressões do participante, permitem compreender a hipótese de que participam de sua configuração subjetiva da ação de aprender, núcleos de sentidos subjetivos, associados: à participação dos pais nos seus estudos; a sua postura desinibida, participativa, curiosa, responsável, e que não teme se expressar; e ao seu desejo de ascender na vida. Estratégias pedagógicas como concebidas na perspectiva da Teoria da Subjetividade, com espaços de diálogo, confiança e afetividade, podem se constituir importantes para a emergência de sentidos subjetivos favoráveis ao processo de aprender.