Os deslocamentos horizontais e a estabilidade de taludes são parâmetros de maior impacto na segurança de aterros sanitários. Porém, os ensaios que subsidiam essas análises são complexos, onerosos ou susceptíveis a erros. Como alternativa, o ensaio in situ do Cone de Penetração Dinâmica fornece parâmetros que subsidiam estudos de estabilidade e pode indicar a suscetibilidade de deslocamentos horizontais do maciço sanitário. Porém, estas investigações, em aterros sanitários, não foram devidamente exploradas. Assim, esse trabalho tem como objetivo analisar a influência da resistência à penetração do solo da camada de cobertura final de um aterro sanitário sobre a intensidade dos deslocamentos horizontais. Como metodologia, tomou-se como base experimental o Aterro Sanitário localizado no município de Campina Grande-PB. Realizou-se a caracterização geotécnica do solo da camada de cobertura; analisou-se a resistência do solo em campo e em laboratório; e foram aferidos os deslocamentos horizontais dos taludes, em marcos superficiais, por meio do levantamento topográfico. Os deslocamentos horizontais acumulados máximos na área de estudo ocorreram no sentido da topografia natural do terreno, deslocando-se da maior para menor cota. Na região de maiores deslocamentos estão localizados os maiores valores de resistência à penetração, indicando uma associação entre os parâmetros analisados. Com isso, pode-se concluir que, os aspectos verificados nessa pesquisa indicam, em uma perspectiva geral, que quanto menores os valores da resistência à penetração do solo da camada de cobertura de um aterro sanitário menor será a intensidade dos deslocamentos horizontais.