ESSE TEXTO ANALISA A CONCEPÇÃO DE ALUNOS DO 9º ANO SOBRE AS RELAÇÕES DE GÊNERO E AS
VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES. DE CARÁTER QUALITATIVO, O ESTUDO UTILIZOU-SE DO GRUPO FOCAL
COM ADOLESCENTES MATRICULADOS EM UMA ESCOLA LOCALIZADA EM UMA REGIÃO ONDE HÁ UM
ALTO ÍNDICE DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES, NO MUNICÍPIO DE NOVO HAMBURGO. A ANÁLISE
DOS DADOS SE DEU A PARTIR DA TÉCNICA DE ANÁLISE DE CONTEÚDO (SANTOS, 2012). A PARTIR
DAS DISCUSSÕES COM O GRUPO FOI POSSÍVEL PERCEBER UMA COMPREENSÃO FORTEMENTE
AMPARADA EM DISTINÇÕES DE GÊNERO, REVELANDO LUGARES FUNÇÕES DIFERENTES A HOMENS E
MULHERES. ASSIM, O CUIDADO COM A CASA E, SOBRETUDO COM OS FILHOS EMERGIU COMO
ATRIBUIÇÃO PRIMORDIALMENTE FEMININA. ALÉM DISSO, OS MODOS DE SER E SE PORTAR TORNOU-SE
PAUTA DA DISCUSSÃO, DANDO A VER UM PROCESSO QUE AUTORIZAVA OS MENINOS A EMITIREM
JUÍZO SOBRE O COMPORTAMENTO (EM ESPECIAL NOS ESPAÇOS PÚBLICOS) E VESTIMENTA DE SUAS
MÃES, IRMÃS E SUPOSTAS FILHAS E ESPOSAS. EM QUE PESE, A MAIORIA DOS ADOLESCENTES
TENHAM SINALIZADO ALGUM TIPO DE MENÇÃO COERCITIVA AOS COMPORTAMENTOS DE MULHERES
QUE NÃO ESTAVAM DE ACORDO COM AS NORMAS INSTITUÍDAS, UM GRUPO COMBATIVO DE MENINAS
APRESENTAVAM FALAS DE RESISTÊNCIA A ALGUMAS NORMATIVIDADES E AO QUE SERIAM OBRIGAÇÕES
FEMININAS.