O processo de envelhecimento acarreta frequentemente no desenvolvimento de doenças crônicas, das quais tem-se destacado os distúrbios mentais. Na maioria das vezes, para seu controle e tratamento demanda a utilização de psicotrópicos, cujo consumo tem aumentado. O presente estudo teve como objetivo identificar os principais psicotrópicos utilizados por idosos, bem como os fatores associados que contribuem para o uso desses medicamentos. Desse modo, foi realizada uma revisão integrativa com abordagem qualitativa, através de busca de artigos científicos nas bases de dados Scielo, Pubmed e Lilacs, publicados nos últimos cinco anos, em português, inglês ou espanhol, utilizando como palavras-chaves: Idoso, psicotrópicos e Pessoa Idosa. Foram selecionados oito artigos que apontaram como psicotrópicos mais utilizados os antidepressivos independente do mecanismo de ação, seguidos dos benzodiazepínicos. Destacando-se o uso de fluoxetina, diazepam e clonazepam. Observou-se mudança no padrão de prescrição que pode estar associada à disponibilidade desses medicamentos no serviço público. Evidenciou-se que indivíduos deprimidos submetidos tanto à monoterapia com benzodiazepínicos ou outros ansiolíticos são tratados de modo inadequado. Os fatores associados ao uso de psicotrópicos foram: sexo feminino, idade avançada, multimorbidades, incluindo presença de sintomas depressivos, uso de polifarmácia e declínio cognitivo. Os artigos encontrados salientaram a problemática de que os psicotrópicos são considerados na maioria potencialmente inapropriados para idosos. Portanto, o profissional de saúde deve conhecer as limitações e individualidades do idoso e contribuir para a diminuição da exposição a esses medicamentos, com redução da ocorrência de eventos adversos como quedas, fraturas e hospitalização, aspectos que podem comprometer a qualidade de vida dos idosos.