A mobilidade é uma necessidade humana básica, e sua limitação compromete o estado de saúde, principalmente em idosos institucionalizados residentes em países em desenvolvimento. Objetivo: determinar a prevalência e os fatores associados à limitação da mobilidade em idosos residentes em instituições de longa permanência. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com 305 participantes (≥60 anos) residentes em 10 instituições de longa permanência da cidade do Natal, Brasil. A limitação da mobilidade foi avaliada usando o item "caminhar" do índice de Barthel. Coletaram-se dados sociodemográficos/econômicos dos participantes e instituições, bem como condições que pudessem influenciar o estado de mobilidade dos idosos. O teste qui-quadrado e a regressão logística múltipla foram realizados com nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de limitação de mobilidade na caminhada foi de 65,6% (intervalo de confiança de 95% [IC], 59,6-70,4). A dependência na marcha foi identificada em 39,7% da amostra (26,9% cadeirantes e 12,8% acamados), enquanto 25,9% caminhavam com assistência (16,7% com assistência máxima e 9,2% com assistência mínima). A limitação da mobilidade foi significativamente associada à desnutrição/risco de desnutrição (1,86, IC 95%, 1,54-2,26, P < 0,001) e idade ≥81 anos (1,35, IC 95%, 1,12-1,63, P = 0,002). Conclusão: A limitação da mobilidade tem alta prevalência entre os idosos residentes em instituições de longa permanência no Brasil, e está associada à idade avançada e ao mau estado nutricional. Os profissionais de saúde devem defender a manutenção da mobilidade e suporte nutricional adequado.