A angiografia cerebral ainda é o exame definido como padrão ouro, para grande parte das doenças vasculares cerebrais. Com o aumento da população idosa, também cresceu o número de casos de afecções neurológicas, especialmente as sangrantes, como a hemorragia subaracnóidea. O que exigiu avanços e aprimoramento das terapias vasculares cerebrais, sejam elas as microcirurgias ou as técnicas endovasculares. Essas últimas são realizadas em Unidades de Hemodinâmica. O presente estudo tem o objetivo caracterizar a população idosa atendida na Unidade de Hemodinâmica de um hospital de ensino, submetida a angiografia cerebral diagnóstica. Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo de abordagem quantitativa, realizado em março de 2022 com dados secundários, gerados pelo sistema informatizado de um hospital de grande porte no Nordeste do Brasil, referente aos procedimentos de angiografia cerebral da unidade de hemodinâmica realizados de 30 de abril de 2021 a 30 de abril de 2022. No período analisado, foram realizadas 188 angiografias cerebrais. Desse total, 65 (34,6%) com pacientes que tinham idade igual ou maior que 60 anos, dos quais 49 (75,4%) eram do sexo feminino. A realização de procedimentos da neurologia intervencionista em idosos, demandam maior atenção e cuidados às equipes que os atendem, devido a maior fragilidade e dependência para realização de suas atividades. A equipe de enfermagem que atua na Unidade de Hemodinâmica tem papel fundamental enquanto assistência especializada, no cuidado aos pacientes, especialmente aos idosos.