O ensino técnico, especialmente em disciplinas práticas, é tradicionalmente executado por meio de aulas práticas em laboratório. Entretanto, devido a pandemia de COVID-19 surgiu a necessidade de alternativas às atividades de aprendizagem presenciais. As plataformas flexíveis baseadas em softwares computacionais como as simulações ou laboratórios virtuais apesar de já utilizados anteriormente ganharam mais destaque nesse cenário. Diante disso, este estudo apresenta as percepções de estudantes em relação a utilização de um laboratório virtual como um instrumento didático-pedagógico para execução de transformação bacteriana pelo método do choque térmico. O estudo foi realizado com duas turmas, totalizando 59 alunos que cursavam a disciplina microbiologia do curso técnico em Química integrado ao ensino médio, do Instituto Federal da Paraíba - Campus Campina Grande (IFPB). Inicialmente houve uma aula remota síncrona sobre genética bacteriana, na semana seguinte uma outra aula remota para uso da simulação disponível na plataforma da LabXchange, orientado pela professora. O link para execução da prática ficou disponível para que os alunos a repetissem durante a semana. A análise do uso de um simulador sobre transformação bacteriana, com os discentes foi realizada através de um formulário com perguntas destinadas à experiência de cada aluno com esse recurso metodológico. Os resultados foram que 76,28% relataram engajamento na atividade, 89,83% afirma que o roteiro ajudou a entender as etapas. O uso de simuladores é bom para aulas de microbiologia na opinião de 89,07 % dos discentes. E 94,91% percebe que a simulação pode auxiliar outras metodologias, como aulas teóricas, exercícios e práticas presenciais. Após esta análise, foi possível verificar que a utilização de simuladores virtuais contribui beneficamente com a compreensão dos discentes ao se introduzir práticas laboratoriais atuando como um facilitador, e sendo capaz de instigar os alunos a aprenderem sob novas perspectivas.