De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Violência Contra a Pessoa Idosa (VCPI) é “uma ação única ou repetida, ou a ausência de uma ação devida, que cause sofrimento e angústia, em uma relação em que haja expectativa de confiança”. Conceitualmente ela pode ser demonstrada como ações que atrapalham e prejudicam o desempenho do idoso em seu meio social, fazendo com que a sua identidade e autonomia sejam desrespeitadas. Trata-se de um assunto que requer atenção, por ser considerado um problema de saúde pública que vem afetando dia após dia o bem-estar e os direitos preconizados a este público. O presente trabalho tem por objetivo descrever os fatores que tornam o idoso mais vulnerável a sofrer violência. Refere-se a uma revisão da literatura, realizada por meio das bases de dados: Scielo e da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), através do cruzamento dos descritores “Violência” e “Idosos”, integradas ao operador booleano “AND”, tendo como critérios de inclusão artigos publicados no período de 2017 a 2021. 10 artigos contemplaram a amostra final, em que evidenciou que a VCPI nem sempre é cometida pelos mesmos motivos. A maioria dos idosos violentados não tem escolaridade completa, o que pode estar relacionado com a dificuldade em entender quando se trata de uma violência ou não, bem como não possuir o conhecimento de quais são os seus direitos frente a esse ato. Além disso, é perceptível que pessoas idosas do sexo feminino têm uma chance maior de ser vítima de violência, principalmente se elas não tiverem seus companheiros, pois existe uma grande vulnerabilidade a estado de pobreza e dependência. A VCPI é um fenômeno decorrente de vários fatores, dentre os quais destacam-se: baixa escolaridade, idade, sexo, relações familiares, entre outros. Por isso, deve ser levada em consideração em suas diversas dimensões.