O câncer caracteriza-se como uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis de maior impacto na vida das pessoas idosas. Afeta as condições físicas e emocionais provocando limitações que podem influenciar a qualidade de vida dos pacientes. Desta forma, o objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade de vida das pessoas idosas em tratamento oncológico. Trata-se de um estudo transversal realizado com 78 participantes, com idade igual ou maior que 60 anos, diagnosticados com câncer e que estavam em tratamento há pelo menos um mês. Os dados foram obtidos através de entrevistas individuais, com um instrumento semiestruturado para obtenção dos dados sociodemográficos e o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire para mensurar a qualidade de vida. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba com o parecer nº 4.622.548. Identificou-se maior prevalência de pessoas idosas do sexo feminino (52,6%), com idade entre 70 e 79 anos (52,6%), casadas ou em união estável (69,2%). Quanto à qualidade de vida, foram evidenciadas médias moderadas na Escala de Saúde Global (69,12±17,10) e Escala Funcional (57,01±17,06) e baixa média na Escala de Sintomas (44,61±25,93), no qual os maiores prejuízos foram relacionados às Funções Cognitiva (24,57±24,13), Emocional (28,21±20,16) e Física (42,39±24,73) e os sintomas de maior destaque foram dor (61,75±37,81), fadiga (60,83±33,96), dificuldades financeiras (±59,83±38,12) e falta de apetite (51,71±43,53). A manutenção da qualidade de vida é fundamental para eficácia terapêutica no tratamento oncológico, a identificação das necessidades do paciente é de suma importância para que os profissionais de saúde possam implementar um plano de cuidados que auxilie na recuperação, e que proporcione o bem-estar possível.